segunda-feira, 2 de junho de 2008

Câncer da Pele

Carcinoma Basocelular

O carcinoma basocelular (basalioma ou epitelioma basocelular) é um tumor maligno da pele. É o câncer da pele mais frequente, representando cerca de 70% de todos os tipos. Sua ocorrência é mais comum após os 40 anos de idade, nas pessoas de pele clara e seu surgimento tem relação direta com a exposição acumulativa da pele à radiação solar durante a vida. A proteção solar é a melhor forma de prevenir o seu surgimento.

Por ser um tumor de crescimento muito lento e que não dá metástases (não envia células para outros órgãos), é o de melhor prognóstico entre os cânceres da pele. No entanto, pode apresentar característica invasiva e, com o seu crescimento, destruir os tecidos que o rodeiam atingindo até a cartilagem e os ossos.

A grande maioria das lesões aparece na face. O basalioma pode se manifestar de diversas formas mas em sua apresentação mais típica inicia-se como pequena lesão consistente, de cor rósea ou translúcida e aspecto "perolado", liso e brilhante, com finos vasos sanguíneos na superfície e que cresce progressiva e lentamente.
Na sua evolução pode ulcerar (formar ferida) ou sangrar devido a pequenos traumatismos (como o roçar da toalha de banho), podendo, com isso, apresentar uma crosta escura (sangue coagulado) na sua superfície.

Algumas lesões podem ser pigmentadas, com as mesmas características descritas acima porém de coloração escura (basocelular pigmentado), outras crescem em extensão atingindo vários centímetros sem contudo aprofundar-se nos tecidos abaixo dela (basocelular plano-cicatricial). A forma mais agressiva acontece quando o tumor invade os tecidos em profundidade (basocelular terebrante), com grande potencial destrutivo principalmente se atingir o nariz ou os olhos.
Existem outras formas de apresentação do carcinoma basocelular e o diagnóstico deve ser feito por um profissional capacitado. Se você apresenta uma lesão de crescimento progressivo, que forma crostas na sua superfície ou sangra facilmente, procure um médico dermatologista para fazer uma avaliação.

Tratamento :
O tratamento do carcinoma basocelular é na maioria das vezes cirúrgico, seja pela eletrocirurgia (lesões pequenas) ou pela cirurgia convencional. O tumor também pode ser tratado pela criocirurgia com nitrogênio líquido. Alguns tipos superficiais podem ser tratados pela terapia fotodinâmica.


Carcinoma Espinocelular ou Epidermóide

O carcinoma espinocelular (espinalioma ou epitelioma espinocelular) é um tumor maligno da pele, representando cerca de 20 a 25% dos cânceres da pele. Pode surgir em áreas de pele sadia ou previamente comprometidas por algum outro processo como cicatrizes de queimaduras antigas, feridas crônicas ou lesões decorrentes do efeito acumulativo da radiação solar sobre a pele, como as ceratoses solares.

O espinalioma tem o crescimento mais rápido que o carcinoma basocelular, atinge a pele e as mucosas (lábios, mucosa bucal e genital) e pode enviar metástases para outros órgãos se não for tratado precocemente. A proteção solar é a melhor forma de prevenir o seu surgimento pois sua localização mais frequente são as áreas de pele expostas continuamente ao sol.

As lesões atingem principalmente a face e a parte externa dos membros superiores. Iniciam-se pequenas, endurecidas e tem crescimento rápido, podendo chegar a alguns centímetros em poucos meses. Crescem infiltrando-se nos tecidos subjacentes e também para cima, formando lesões elevadas ou vegetantes (aspecto de couve-flor). É frequente haver ulceração (formação de feridas) com sangramento.

O carcinoma espinocelular pode produzir metástases, piorando o prognóstico. É, portanto, fundamental o diagnóstico e tratamento precoce do câncer para evitar o envio de células tumorais para outros órgãos. Além da proteção solar, o tratamento das lesões que podem originar a doença são medidas para preveni-la. No caso de lesões suspeitas, procure um dermatologista para uma avaliação e diagnóstico precoce.

Tratamento :
O tratamento do carcinoma espinocelular é cirúrgico, através da retirada total da lesão e deve ser realizado o mais precocemente possível para se evitar a ocorrência de metástases

Melanoma

O melanoma maligno é o câncer da pele de pior prognóstico. É um tumor muito grave devido ao seu alto potencial de produzir metástases enviando células tumorais para outros órgãos, onde se desenvolvem. Origina-se dos melanócitos, células que produzem o pigmento que dá a cor da pele. Pode se originar da pele sã ou de lesões pigmentadas pré-existentes, os nevos pigmentados ("sinais" escuros).

De ocorrência mais frequente em pessoas de pele clara, fototipos I ou II, o melanoma pode surgir em área de pele não exposta ao sol porém, o maior número de lesões aparece nas áreas da pele que ficam expostas à radiação solar.


O melanoma inicia-se como uma lesão escura que aumenta de tamanho em extensão e/ou profundidade, com alteração de suas cores originais, surgimento de pontos pigmentados ao redor da lesão inicial, ulceração (formação de ferida), sangramento ou sintomas como coceira, dor ou inflamação.
Na fase inicial, o melanoma está restrito à camada mais superficial da pele, época ideal para realização do diagnóstico e tratamento pois, nesta localização, ainda não ocorre a disseminação de células tumorais à distância e a retirada completa do tumor tem altos índices de cura. É o melanoma "in situ".
Quando o melanoma deixa de ser plano, formando lesão elevada na pele, é sinal de que também está progredindo em profundidade. A profundidade atingida e a espessura da lesão são os parâmetros que definem a gravidade da lesão. Quanto mais profunda e espessa, mais grave, pois aumentam os riscos de metástases para outros órgãos.
As lesões de melanoma apresentam características fáceis de se reconhecer aprendendo-se o ABCD do melanoma:
Assimetria: formato irregular
Bordas irregulares: limites externos irregulares
Coloração variada (diferentes tonalidades de cor)
Diâmetro: maior que 6 milímetros
O tipo mais comum de apresentação é o melanoma superficial disseminado. A foto acima é de um melanoma ainda na fase "in situ", na qual os critérios do ABCD podem ser percebidos nitidamente. De crescimento mais lento e horizontal, este tipo é mais facilmente identificado, facilitando o tratamento precoce e a cura.
Sinais escuros que começam a adquirir características como estas acima podem estar se transformando em um melanoma, principalmente se estiverem em áreas de exposição contínua ao sol. A radiação ultra-violeta do sol pode estimular a transformação de nevos pigmentados em melanomas. A proteção solar é a melhor forma de prevenir o surgimento do melanoma maligno.
Além disso, qualquer alteração em sinais antigos, como: mudança da cor para mais escuro ou mais claro, aumento de tamanho, sangramento, coceira, inflamação ou surgimento de áreas pigmentadas ao redor do sinal justifica uma consulta ao dermatologista para avaliação.
Outras formas de apresentação são o melanoma nodular primário, que tem crescimento em profundidade mais rápido e o lentigo maligno melanoma, tumor plano que ocorre mais frequentemente em pessoas acima de 60 anos de idade e aparece em áreas de grande exposição solar, principalmente a face.
O melanoma acral é uma forma de apresentação na qual a localização do tumor é nos pés ou nas mãos. Uma apresentação mais rara é o melanoma amelanótico, quando o tumor não tem a coloração escura, o que dificulta bastante o diagnóstico clínico.
Tratamento :
O tratamento do melanoma maligno é cirúrgico e deve ser realizado o mais precocemente possível. O diagnóstico e o tratamento precoce são fundamentais para a cura.




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