terça-feira, 17 de junho de 2008

Alopecia Feminina

A queda acentuada de cabelos entre mulheres é muito mais comum do que se imagina e, ao contrário do que se pensa, a calvície não é um problema só dos homens.

Pesquisas indicam que uma entre cada cinco mulheres pode vir a apresentar calvície. O que muitas pessoas não sabem é que, na calvície, não há só queda acentuada de cabelos mas, principalmente, a não reposição deles. Nós perdemos de 70 a 100 fios por dia naturalmente.

Assim, quando a mulher percebe, já se surpreende com os grandes espaços e os fios finos e espaços entre os fios


Mas, como a calvície feminina ocorre de forma mais sutil e as mulheres conseguem disfarçá-la com o penteado, os clarões na cabeça às vezes passam desapercebidos. Estima-se que no Brasil a calvície atinja 2 milhões de mulheres, mas ainda é subestimada, pois apenas 2.000 (1% do total) por ano buscam tratamento. "Apesar disso, pode resultar em sérias consequências psicológicas para a mulher que, além de sofrer com a situação estética em si, ainda enfrenta o preconceito, já que a calvície é socialmente aceita nos homens, mas não nas mulheres", lembra o cirurgião dermatológico João Carlos Pereira, membro da International and American Society of Hair Restoration

A alopecia androgenética feminina (calvície) pode surgir desde a puberdade ou na menopausa, originada por fatores que podem ser distintos dos da masculina. A calvície de origem genética e hormonal, como no homem, é a mais comum entre as mulheres, mas pode ocorrer também com a diminuição dos hormônios femininos ou devido a outros tipos de alterações homonais. A queda do cabelo é difusa e ocorre na parte superior e central da cabeça. Uma borda frontal de cabelos é caracteristico do padrão feminino, embora alguns homens também tenha esse padrão. Raramente a mulher fica totalmente calva como no homem. A melhor maneira de preveni-la é fazendo o acompanhamento da função ovariana, através de exames ginecológicos, a fim de manter a condição hormonal normal.

A menopausa e a senilidade também é motivo para a calvície feminina, pois a diminuição na produção de hormônios femininos pode gerar enfraquecimento dos folículos e os fios ficam finos e passam a crescer mais lentamente. Outros fatores conhecidos para a queda de cabelo feminino são o estresse, desnutrição, pós-parto e tratamento por quimioterapia, todos passíveis de reversão. A alopecia areata (pelada) é atribuida a problemas psicológicos ou imunológicos e quando tratada pode ser solucionada. Caso contrário, pode evoluir para a alopecia universalis (total). As alopecias traumáticas, como aquelas ocasionadas após cirurgias de rejuvenescimento (lifting facial), com perda dos cabelos próxima a cicatriz, ou com retração da linha frontal dos cabelos, são muito comuns atualmente. Para estes casos de alopecias pós-cirurgicas e da calvície feminina, o transplante de cabelos apresenta-se como a única solução, e pode substituir com eficiência os antiestéticos lenços, apliques e perucas.


Transplante Folicular :

A procura de mulheres pelo transplante tem sido cada vez maior. Está ocorrendo uma mudança de hábito das mulheres em função de sua nova posição na sociedade. "Até alguns anos elas conseguiam disfarçar a perda de cabelos utilizando-se de penteados camuflantes. Mas atualmente as mulheres têm várias atividades profissionais e esportivas e estão constantemente com os cabelos lavados e expostos, podendo revelar a calvície".A técnica folicular de transplante de cabelos devolve definitivamente o cabelo, de forma natural, sem o aspecto indesejável de tufos dos antigos transplantes. Além disso, esse cabelo aceita normalmente tinturas, escovas e demais serviços de cabeleireiros sem que haja perda dos mesmos. O cabelo é retirado da região posterior e laterais da cabeça (área doadora) e a cirurgia costuma durar de três a cinco horas, sob anestesia local e sedação. A partir do terceiro mês começa a nascer e crescer naturalmente os cabelos transplantados. Eles crescem 1 cm ao mês. O mesmo método é também recomendado para a reconstrução de sobrancelhas, costeletas e da linha frontal alta (testa grande), além da reposição de cabelos no púbis (acima da genitália) e de áreas cicatriciais que perderam os cabelos ao lado.

Medicação oral :

Ao contrário dos homens, que dispõe de um medicamento específico, a finasterida (Propecia, Alfasin, Nasterid-A, Finalop, Pró-Hair, que inibe a ação dos hormônios masculinos na raiz do cabelo, evitando sua atrofia e morte dos cabelos, as mulheres não podem contar com esse medicamento para combater a calvície. Isto porque as pesquisas científicas ainda não concluíram se esse remédio pode causar efeitos colaterais nas mulheres. "Há médicos tratando suas pacientes de calvície feminina com essa substancia, embora ainda não tenha sido aprovado seu uso para as mulheres?

Para as mulheres o uso do Acetato de Ciproterona, (Diane, Selene), um anticoncepcional é bastante eficaz no combate e controle da calvície entre as mulheres, principalmente nos casos com ovários policisticos associado. A Espirolactona (Aldactone) um diurético, com efeito hipotensor, também age como antiandrógeno no mecanismo da alopecia androgenética feminina.

A Flutamida (recentemente proibida devido ao seu uso inadequado e indiscriminado) também era uma droga eficaz, mas necessita de acompanhamento laboratorial pelo dermatologista para controlar seus efeitos colaterais de hepatoxicidade. Vitaminas, minerais, proteínas ... , são benéficas nas causas comuns de queda de cabelos e não age no mecanismo da calvície, mas podem ser associadas para valorizar o tratamento.

Medicação Local :

O mais recente é o alfa estradiol (Avicis) que atua contra os hormônios masculinos, complementando o tratamento oral. A flutamida tópica também é eficaz no processo. Ambos os medicamentos devem ser orientados por dermatologista. O Minoxidil (Regaine, Amexil) é o mais conhecido de todos, mas não interfere no mecanismo de ação da calvície, mas é importante coadjuvante no tratamento em função da sua ação vasodilatadora.

6 comentários:

Dr.Alisson Costa de Morais disse...

Boa Noite!!
Favor deixar o E-mail para que eu possa responder suas dúvidas.
Abraço.
Dr.Alisson C. de Morais

Unknown disse...

Ola Dr Alisson

Gostaria de cumprimenta-lo pelo excelente padrao do website, com informacoes claras e eficientes. Encontrei este website porque estava pesquisando sobre alopecia feminnina. Estou perdendo cabelos em uma area circular no topo da cabeca. O cabelo comecou a cair ha uns seis meses. O couro cabeludo da area quase careca esta com uma cor diferente do couro cabeludo normal
Li que tem alguns medicamentos topicos e gostaria de tentar. Mas moro na Inglaterra e agradeceria se pudesse me dizer se conhece a traducao das substancias em Ingles.
Se que este website nao e' pra consultase nem pra receitar.
Mas acho que so' perguntar se sabe a traducao de uma susbstancia pode, nao e'?
Fui na medica aqui, mas ela acha que pode ser fungo e me passou uns comprimidos que nao tomei porque quero primeiro tentar um tratamento topico.
Thanks a lot.

Mara Fae'

Alessandra disse...

Olá, Dr.
Estive visitando seu site sobre a materia de alopecia feminina.Parabéns pela matéria, com certeza ajuda a sanar a dúvida de várias pessoas.
Gostaria de lhe fazer uma pergunta: existe alguma relação de queda de cabelo com o uso do anticoncepcional (Selene)?Meu cabelo já cai a algum tempo mas essa queda não começou logo após o uso do medicamento, começou um bom tempo depois.
Desde já agradeço: alecrisreis@gmail.com

Anônimo disse...

Gostaria de parabenizá-lo pelos esclarecimentos que me deixaram mais aliviada para buscar tratamento.

Unknown disse...

Dr Alisson, preciso de ajuda..o senhor indicaria algum colega ou onde posso encontra-lo.
Segue meu e-mail:carlapatty@hotmail.com

obrigada

Jade disse...

Dr. Alisson

Desejo parabenizá-lo pelo importante trabalho informativo que presta, gratuitamente, para ajudar a tantas pessoas.
Gostaria de alguma informação sobre um início de alopecia e se existe alguma substância que possa minimizar ou fazer cessar este problema feminino.
Agradeço muito sua atenção. jadiceli@gmail.com